quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Adormecer para Acordar

São tantas as vezes aquelas que sonhamos acordados e tantas outras que, pensamos que estamos realmente a dormir. A realidade torna-se a nossa vida consoante o número de percepções que obtemos dela e ainda assim, não temos a certeza se estamos realmente acordados ou não.
O sonho e a vida "real" não são assim tão diferentes. Quantas são as vezes que perdemos a conta ao ouvir aquela frase exponencialmente batida "só em sonhos" e tantas são as outras em que respondemos "eu consigo".
O sonho distingue-se pela sua peculiaridade de nunca notar-mos de onde viemos para onde estamos. Não temos a capacidade de recordar o passado presente do nosso caminho e simplesmente ali nos encontramos. 
Mas a vida segue o mesmo passo. Nenhum de nós tem a capacidade de recordar o momento do seu nascimento e simplesmente ali nos encontramos. Os nossos pais não se lembram, assim como os nossos avós também não. Apenas acontece e alguém nos diz, ele vai nascer, como se nascer para eles não fosse o seu sonho.
O sonho basicamente enquadra-se numa obra de pura arquitectura, no qual cada um de nós é o arquitecto e nesse âmbito decoramos a maqueta consoante o nosso subconsciente, segundo o qual esse advém da dita vida "real".
Uma questão que coloco é, será que adormecemos para acordar ou acordamos para adormecer? Talvez a resposta mais ilógica e no fundo poderosamente lógica seja que, sonhamos dentro do próprio sonho.
Talvez tudo seja um sonho, um sonho com diversas camadas na qual uma mantêm o equilíbrio da outra. É por ordem necessário conhecer o limite de algo para o tentar transpor.
Como sei que não sou o sonho de alguém de um outro alguém e que simplesmente não passo de uma "peça" decorativa de um subconsciente adormecido que acorda quando eu vou dormir.

(Continua...)

André M.

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